quarta-feira, 16 de julho de 2008

Arrebatamento

É como um chamar,
Mas que não é chamar.
É como um puxar,
Mas que não é puxar.
É como um empurrar,
Mas que não é empurrar.

Talvez, mais um arrebatar.
Sim! Um arrebatar.

Que os olhos não vêm,
Mas sentem.
Que os ouvidos não ouvem,
Mas saboreiam.
Que a pele não sente,
Mas cheira.
Que a boca não saboreia,
Mas vê.
Que o nariz não cheira,
Mas ouve.

Que somente o coração
Vê, ouve, sente, saboreia e cheira.
Que Cristo me arrebata
Para ser Cristo para os outros.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Parece tudo estar vazio

Parece tudo estar vazio:
Vazio do tudo, vazio do nada.
E o nada não faz sentido.

É como noite escura e grossa
Que teve inicio às três da tarde;
E já as horas são longas
E a luz teima na presença.

O sol, o ar, o fogo sucumbiram.
A água do rio estagnou;
O canto dos pássaros é choro,
As flores mucharam.

Parece tudo estar vazio.
Vazio do tudo, vazio do nada.
E o nada não faz sentido.

A sabedoria dos livros desapareceu
Restam páginas alvas.
A harmonia da música
É agora ruído para os ouvidos.

Os homens!?
Estes andam perdidos
Por caminhos sem saída.
Teimando em dar-lhes sentido.

Parece tudo estar vazio.
Vazio do tudo, vazio do nada.
E o nada não faz sentido.

E o meu coração chora
Porque mataram o meu Senhor.
E o meu coração sofre
Porque mataram o meu Amor. Mas…